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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Debates - Módulo 1





DIMENSÃO ESTRUTURANTE DAS TECNOLOGIAS




Esse tópico em nossas observações e leituras é entendido como a capacidade ou propriedade que as tecnologias tem de agregar e se complementar numa nova linguagem, em novas formas de lidar com a realidade em meio às tecnologias. Assim, temos uma sociedade em que o aparato tecnológico nos insere num Universo de constantes modificações, onde barreiras são quebradas, remodeladas e ou simplesmente superadas por meio de novas organizações sociais em torno desse cenário digamos, que tecnológico. A capacidade que as tecnologias têm de convergirem entre si e com o sujeito nos permite inúmeras análises acerca das reações e inter-relações que se estabelecem. Por isso a necessidade de se entender essa capacidade de conectividade, coesão e organização que as tecnologias nos colocam nesse contexto.





A PRÁXIS E A TECNOLOGIA:



Sem dúvidas a prática pedagógica sofreu inúmeras alterações frente às transformações pelas quais a sociedade passa. As relações entre os atores do processo se estabelecem de forma cada vez mais dinâmica, não atendem mais aquela idéia mecanicista de se apreender o conhecimento por partes, particularizado e individualizado. Nesse novo cenário, os indivíduos tendem a serem capazes de desenvolver diversas atividades necessitando e aprendendo novos conhecimentos enquanto praticam, ou tão somente já nascem com certa predisposição ao domínio das tecnologias e com isso adotam ao seu cotidiano esses conhecimentos. O conhecimento é propagado e reformulado de maneira constante, cíclica e autônoma, ao mesmo tempo em que ensina também aprende.





DOCÊNCIA ON LINE:



A docência em meio à cibercultura perpassa uma série de novas experiências no que tange à aprendizagem humana e a forma como a cultura é incorporada pelo mesmo. Surge a necessidade cada vez maior de uma visão transdisciplinar do conhecimento.

Na cibercultura a produção coletiva permite o estímulo dos papéis de colaboração entre os atores. Além do conhecimento das tecnologias aplicadas neste processo.

As Novas tecnologias possibilitaram a digitalização da informação extrapolando a barreira do que era somente impresso, promovendo assim uma junção da tecnologia com as linguagens. Toda essa sessão de mudanças colaborou para uma modificação social e das técnicas aplicadas. Daí como resultado desse panorama, o desenvolvimento da cibercultura na qual a Educação Online emerge como um produto.

Porém só é possível uma educação nesses moldes quando habitamos o ciberespaço, as redes, fóruns etc. e não somente nos momentos de cumprimento de tarefas. Quanto à formação dos professores mediadores, podemos dizer que são habitantes das plataformas, pois muitos deles são formados em meio à prática, no processo da cibercultura, num processo contínuo.





CIBERCULTURA:



O ciberespaço faz com que as fronteiras sejam quebradas, ultrapassadas em limites, nunca antes atingidos. O sistema On line, permite a conexão de espaços, territórios longínquos em tempo real, mesmo mantendo sua distância física. Inclusive a noção de urbano e rural sofreu alterações profundas, já que os elementos que definiam um ambiente urbano, hoje também fazem parte do rural, como o computador, as máquinas, a internet, o mesmo fluxo de informações que circula no ambiente urbano se conecta na rede com o rural, logo as cidades assumem dimensões muito maiores do que as expressas fisicamente pelas suas fronteiras.

O ciberespaço desloca os fluxos, desconcentra, porém não acabam com os centros, os chamados pólos, ele cria outros, no ambiente virtual, os “nós” da rede.

O reequilíbrio dessas desterritorialização pode ser restabelecido promovendo uma reorganização interna porém, conectada como Mundo, através do ciberespaço, valorizando e criando as competências e recursos locais que sejam diferenciadas das competências hegemônicas que conduzem o cenário.

O conceito de auto-estradas da informação limita-se a falar da estrutura física dos meios de comunicação, cabos e tipos de conexões, levando em consideração o aumento dos fluxos e os usuários do sistema de internet. No entanto a análise de Levy questiona outros aspectos dessa assimilação do ciberespaço com as formas, a infra-estrutura estabelecida pelos meios de comunicação. Faz a conexão entre os computadores e os dispositivos de comunicação do Mundo, de maneira rápida e dinâmica e mutante, sendo além de técnico social, coletivo.

A parte essencial do ciberespaço á a produção coletiva que a configura num produto social, ultrapassando as barreiras físicas da comunicação através de linhas.

A proposta de articulação entre território e inteligência coletiva, Não implica na substituição do território físico pelo ciberespaço, mas sim na exposição em tempo real das competências, recursos do território através do ciberespaço, superando a lentidão e as distâncias estabelecidas até então.

A articulação da cidade é possível com essas mudanças nas estruturas e no entendimento de inteligência coletiva, quando os equipamentos podem ser construídos e assistidos coletivamente através dos ciberespaços; as diversas opiniões dos cidadãos possam ser admitidas.


RÁDIO:

O rádio é uma tecnologia ainda pouco utilizada nas escolas. É notório seu potencial agregador, de produção coletiva onde são desenvolvidas habilidades existentes, bem como novas. Nessa aliança entre tecnologias e educação novas relações são moldadas e o diálogo se eleva ao plano do desenvolvimento de novos conhecimentos.
Com o rádio é possível a abertura de novos espaços de diálogo e de criatividade, onde o aluno pode sobrepor as barreiras da sala de aula e expor suas habilidades tanto no processo de construção da proposta com o rádio, quanto na prática do mesmo já que são os produtores. Com isso desenvolvem a capacidade crítica sobre os assuntos e conteúdos relatados através da rádio. Esse elemento permite uma linguagem já que altera o ciclo de produção e aprendizagem, visto que temos: aluno produtor, professor mediador, produção coletiva e avaliação coletiva. Não podemos esquecer também da oportunidade de envolvimento de toda comunidade escolar, principalmente se no contexto das pautas forem tratados assuntos relativos à realidade dos mesmo. Então colegas, com mais esse estímulos tecnológico, vamos lançar mão desse instrumento!



HACKER

A idéia equivocada que se faz do papel dos hackers na cibercultura faz com que muitas vezes seja desprezada essa figura, que por natureza surgiu como grandes testadores de tecnologias, auxiliando no desenvolvimento de novas formas mais adaptadas às realidades e necessidades dos usuários, já que estes personagens vivem de estudar, e desenvolver tecnologia. Os organismos internacionais muito embora tendem a divulgar uma idéia de que são invasores, praticamente destruidores de um mundo tecnológico, quando se mudássemos o foco desse discurso, eles seriam tão somente desveladores dos defeitos, ou falhas de uma determinada inovação tecnológica, já que buscam através da prática e uso do mesmo a exaustão dos recursos que o põe em atividade, até que sejam reveladas todas as suas nuances. Lembro que desde minha infância em filmes de holywood esse personagem, "o hacker", é comparado e até tratado com o celerado, destruidor, que planeja muitas vezes devolver o Mundo a chamada Idade da Pedra. Porém é óbvio que as empresas muitas vezes preferem construir determinada tecnologia e desejam ganhar dinheiro com ela sem maiores investimentos, durante o maior tempo possível. Aí então a figura do hacker ganha grande importância nesse cenário, de avanços e tempo pra descobrir as praticidades de cada tecnologia desenvolvida. Podemos então começar a mudar muitas de nossas relações com os personagens da cibercultura pensando de forma mais autônoma em relação a realidade.





Referências Bibliográficas

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.



PRETTO, Nelson De Luca (org.). Tecnologia e novas educações. Salvador: Edufba, 2005.

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